De acordo com dados recentes da B3, os fundos imobiliários conseguiram atrair mais de 2 milhões de investidores até o mês de junho deste ano. Esse dado é bem significativo porque representa cerca de 1% da população do Brasil – atualmente com 203 milhões, segundo o último levantamento do IBGE.
Para se ter noção, haviam apenas 208 mil investidores em FIIs em 2018 e, com o passar do tempo, o mercado foi se expandindo. Atualmente, este número equivale ao dobro do que foi registrado no início de 2020, quando a pandemia estourou no país. Na época, havia cerca de 1,1 milhão de cotistas. Segundo o analista financeiro Valtair Justino, o interesse crescente em fundos imobiliários se dá por diversos fatores, como a busca de alternativas de renda em um cenário de juros baixos.
“Esse ambiente atual fez com que muitos investidores buscassem opções além da renda fixa. FIIs, por distribuírem rendimentos mensais, muitas vezes se mostram uma alternativa atrativa. Além disso, a facilidade de investir e a diversificação que os FIIs proporcionam são outros pontos que atraem investidores”, explica.
Um outro fator importante é que a estrutura do negócio é mais fácil de ser entendido, com muitos brasileiros procurando um ativo real na operação. Contudo, o que surpreende os especialistas é o fato deste número ter crescido justamente após a pandemia, principalmente após um período de instabilidade e de desafios para todos os ativos.
Para entender o que levou este aumento, Valtair analisa o cenário e acredita que a busca pela diversificação e rendimentos mais atrativos se intensificou. “Além disso, o home office fez muitas empresas reavaliarem seus espaços, o que gerou oportunidades no setor imobiliário. Por outro lado, o aprendizado digital acelerado durante a pandemia também contribuiu, com mais pessoas aprendendo sobre investimentos e descobrindo os FIIs como uma opção”, reforça.
Principais operações e aplicações em fundos imobiliários (FIIs)
- Rendimentos mensais: muitos são atraídos pela distribuição regular de rendimentos, semelhante ao recebimento de aluguéis;
- Valorização das cotas: assim como ações, as cotas dos FIIs podem se valorizar ao longo do tempo;
- Diversificação: os FIIs permitem exposição ao setor imobiliário de forma diversificada, seja por tipo de imóvel (comercial, residencial, logístico) ou por geografia;
- Liquidez: a possibilidade de vender suas cotas rapidamente no mercado é outro fator de atração.
No fim, o analista ensina que o investidor interessado deve buscar entender os preços das cotas diárias. Para iniciar a caminhada de sucesso, é aconselhado buscar por fundos que tenham maior liquidez e, além disso, optar por estratégias que consigam entregar diversificação.